terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Ler a Dois



Duas ou três palavras explicativas: apresentamos aqui o resultado de uma experiência de leitura solidária, proposta, por um professor de Língua Portuguesa, aos alunos e aos encarregados de educação durante o presente ano lectivo.

Aluno: Carlos Daniel Abreu Cunha, nº 3, 6º C.
Pai: Delfim A. L. Cunha;
Livro: “O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway, Livros do Brasil (tradução e prefácio de Jorge de Sena)
Opinião do filho Carlos : Não gostei do livro porque tem pouca acção, pouca aventura e é, quase sempre, uma narrativa só com a mesma personagem, a do velho pescador.
Opinião do pai Delfim: O autor, E. Hemingway, conseguiu com este livro o prémio Nobel da Literatura, o que só por si já é uma boa razão para ser lido. No meu caso, lido pela segunda vez. É um livro que nos retrata, literalmente, alguns dias da vida de um pobre pescador Cubano, de nome Santiago, com os seus pensamentos e sonhos, e a sua luta, de dias, com um peixe, que acaba por pescar, mas que irá perder, para os tubarões, antes de chegar ao porto onde vive, tendo, no entanto tudo feito para o impedir.
É uma narrativa que nos fala da força de vontade e persistência que temos que ter para conseguirmos atingir objectivos (os vários dias que Santiago demorou para conseguir matar o peixe), de que todos precisamos de “companhia” para nos ajudar nas nossas lutas ( a falta do rapaz que deixara de pescar com Santiago por este estar em maré de “azar”), que devemos estar preparados para enfrentar as adversidades ( a falta de comida e alguns materiais no esquife do pescador e que, quando conseguimos atingir algum “sucesso”, haverá sempre alguns “tubarões” a tentar tirar-nos alguma parte.
É pois, um pequeno livro, no tamanho, mas grande no seu conteúdo, uma vez que nos transmite, de uma forma simples, numa narrativa fluida, emoções e sentimentos que vivemos todos os dias ( o velho pescador continua a sonhar com África e os seus leões).

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